domingo, 2 de dezembro de 2012

Professores recusam avaliar aulas de colegas




“O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita”.
Deram-se voltas e mais voltas, o disco girou, girou e tocou a mesma música. Remendo daqui, remendo dali, mas o “problema da avaliação” não se resolveu.

Um dia, haverá alguém que fará uma reflexão aprofundada sobre todo o processo de avaliação dos professores e das escolas. Então, talvez se venha a lamentar o desgaste, o cansaço, o tempo perdido e o mau ambiente em que a avaliação envolveu a maioria das escolas e tornou menos humanas aquelas em que as direções se colocaram em bicos de pés para serem preferenciais seguidoras das leis ocasionais e sucessivamente confusas e remendadas. Ainda não se demonstrou qualquer mais valia deste processo.

Hoje, quando li na primeira página do DN  “Professores recusam observar aulas dos colegas”, senti-me muito próximo e solidário com aqueles que querem ser professores. Apenas. 

Os professores consideram que não têm formação na área – não tinham ontem, não têm hoje e é provável que também a não tenham nos tempos mais próximos. Os pedidos de escusa começaram a chover, mesmo fora de tempo. Segundo o DN, serão indeferidos com base em questões formais.

 Não é possível que colegas da mesma profissão ajuízem competências dos seus colegas, sem causarem estragos emocionais que irão refletir-se, negativamente, no exercício profissional. Com o pedido de escusa deferido ou indeferido, o futuro irá dar-lhes razão. 

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