Ninguém morre por ser feliz (1)
Vinte
de março de 2013: dia internacional da felicidade, instituído pela Assembleia
Geral das Nações Unidas. Novinho em folha: tem apenas dois anitos e é capaz de
perder-se no meio dos 120 dias já nomeados como dias internacionais disto e
daquilo.
No
dia internacional da felicidade, entretinha-me a vaguear na NET e, um clique
aqui, um clique ali, acabei por ir parar ao Expresso.pt que titulava: “mais de
cinco portugueses se suicidam todos os dias”. “…Os dados constam do projeto
OSP-Europe, uma estratégia de prevenção preconizada pela Aliança Europeia
contra a depressão (EAAD) ”.
Logo
hoje…não haverá melhor tema para o dia mundial da felicidade?
Parei
um pouco atordoado com o que acabava de ler, depois continuei: ”Portugal é o 3º
país da Europa onde o suicídio mais cresceu nos últimos 15 anos, estimando-se
que morram mais de cinco pessoas por dia”.
O
texto prossegue com um conjunto de explicações e descritivos de modelos para
reduzir esta tragédia, apontando-se como causas fundamentais as doenças mentais
que afetam mais de dois milhões de adultos por ano (23%) e as depressões que
afetam 400 mil pessoas (7,9% dos adultos).
Em
Portugal morrem cerca de duas mil pessoas por ano, por suicídio ou por morte violenta
indeterminada - o suicídio escondido. O estudo não aponta as causas das
perturbações mentais, das depressões, ficando-se pela indicação dos números
resultantes do trabalho de investigação, iniciado em Outubro de 2008.
Agasta-me
entrar neste tema, por que me confunde, me enerva e entristece. 400 mil
portugueses… dão para refletir.
Se
escrevo sobre o assunto é mais para manifestar preocupações e interrogações,
neste dia internacional da felicidade…porque ninguém morre por ser feliz. (Continua)
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