sábado, 23 de março de 2013

NINGUÉM MORRE POR SER FELIZ


  Ninguém morre por ser feliz (1)
Vinte de março de 2013: dia internacional da felicidade, instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Novinho em folha: tem apenas dois anitos e é capaz de perder-se no meio dos 120 dias já nomeados como dias internacionais disto e daquilo.

No dia internacional da felicidade, entretinha-me a vaguear na NET e, um clique aqui, um clique ali, acabei por ir parar ao Expresso.pt que titulava: “mais de cinco portugueses se suicidam todos os dias”. “…Os dados constam do projeto OSP-Europe, uma estratégia de prevenção preconizada pela Aliança Europeia contra a depressão (EAAD) ”.

Logo hoje…não haverá melhor tema para o dia mundial da felicidade?

Parei um pouco atordoado com o que acabava de ler, depois continuei: ”Portugal é o 3º país da Europa onde o suicídio mais cresceu nos últimos 15 anos, estimando-se que morram mais de cinco pessoas por dia”.

O texto prossegue com um conjunto de explicações e descritivos de modelos para reduzir esta tragédia, apontando-se como causas fundamentais as doenças mentais que afetam mais de dois milhões de adultos por ano (23%) e as depressões que afetam 400 mil pessoas (7,9% dos adultos).

Em Portugal morrem cerca de duas mil pessoas por ano, por suicídio ou por morte violenta indeterminada - o suicídio escondido. O estudo não aponta as causas das perturbações mentais, das depressões, ficando-se pela indicação dos números resultantes do trabalho de investigação, iniciado em Outubro de 2008.

Agasta-me entrar neste tema, por que me confunde, me enerva e entristece. 400 mil portugueses… dão para refletir.

Se escrevo sobre o assunto é mais para manifestar preocupações e interrogações, neste dia internacional da felicidade…porque ninguém morre por ser feliz. (Continua)

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