"O novo ano tem cheiro a
esperança com uma pitada de pólvora”.
Abri o correio eletrónico e
dei-me com esta mensagem de CN. Fora do comum, foge da frase feita e dos
trejeitos dos rituais que o tempo vai desvalorizando.
De facto, hoje despedimo-nos
de 2012 com uma mão cheia de nada. Há um ano, fazíamos os mesmos festejos, as
mesmas despedidas e formulávamos os mesmos votos de esperança, provavelmente
mais convictos e menos tristes e inquietos.
São onze horas da noite. Daqui
a pouco estaremos em 2013. O vento sopra. As nuvens são densas. Sentados à lareira, tecemos esperanças, sem pitadas de pólvora.
“Um bom ano, muito melhor do que apregoam”,
escrevia a Dora. É isso: bom ano com um cheiro a esperança. Mas chove. Chove
muito.
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