Sempre o mesmo ritual:
entrar, carregar no botão da máquina, retirar um papelito - o meu número de ordem.
Com a senha na mão, o olhar baloiçou entre o quadro eletrónico e o número "E087".
Era cedo, mas já havia
dezenas de contribuintes à minha frente, à espera, cansados. Sentia-se o cruzar
de olhares nervosos que tornavam o ambiente pesado e triste. O estado estava em
guerra com os contribuintes portugueses.
- Não fico aqui à espera.
É uma parvoíce desperdiçar o tempo desta maneira.
Meti o número dentro do
bolso e abandonei a sala.
- Vou resolver o assunto
de outro modo e, quando as coisas acalmarem, voltarei com duas ou três
perguntas.
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